A Brazilian Critical Minerals anunciou resultados excepcionais no projeto Ema, em Apuí no estado do Amazonas, com recuperações de até 87% para elementos terras raras essenciais como neodímio, praseodímio, disprósio e térbio.
Os resultados foram obtidos pelo laboratório SGS, da Geosol, através de um processo padrão de lixiviação com sulfato de amônio (NH4)2SO4, de baixo custo, e baixos tempos de lixiviação (duração de 30 minutos). Isto caracteriza um potencial significativo do depósito para baixo custo operacional e grande escala.
A empresa tem trabalhado agora para comprovar os recursos no projeto Ema após a descoberta da mineralização na zona saprolítica, em maio de 2023. Um programa de exploração de 189 km2 foi iniciado logo depois, totalizando 194 furos de trado, num total de 2.749 m.
A empresa afirma que Ema é único entre os projetos de elementos de terras raras brasileiros, pois compartilha características semelhantes com os depósitos iônicos desenvolvidos sobre rochas vulcânicas félsicas no sudoeste da China, lar da maioria dos maiores depósitos de argila iônica conhecidos no mundo.
As terras raras magnéticas são usadas na fabricação de ímãs permanentes encontrados em motores de veículos elétricos e turbinas eólicas e em produtos eletrônicos de consumo diário. Há cerca de 750g desses elementos em cada motor EV, o que aumentará rapidamente se o mundo quiser ver cerca de 40 milhões de veículos elétricos vendidos a cada ano até 2030. As turbinas eólicas offshore, por outro lado, requerem cerca de 6 toneladas de ímãs ou 2 toneladas de metais de terras raras.
O foco da empresa agora está em concluir a estimativa inicial do recurso mineral, e confirmar o potencial do projeto para se tornar um dos maiores depósitos hospedados em argila iônica situados fora da China.